Notícias do Mundo
REGISTRO DE DEFENSIVOS
Mapa aprova registro de 23 defensivos contra pragas de soja, milho, citros e café
Agricultores ganham novas ferramentas para controle de psilídeo, mosca-branca e cigarrinha.
O Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) confirmou o registro de 23 novos defensivos agrícolas para uso no campo, com destaque para oito produtos classificados como de baixo impacto. Dentre esses, quatro possuem formulações à base de ativos novos, sendo dois de origem química e classificados pela Anvisa na categoria 5 — a menor classe de risco toxicológico, considerada improvável de causar danos agudos.
Soluções inovadoras para as plantações
Dois dos novos produtos têm aplicação específica em citros, um setor que enfrenta sérios desafios fitossanitários que comprometem sua produtividade. Um deles é à base de peptídeos que ativam o sistema imunológico das plantas, contribuindo para o combate ao cancro cítrico (causado por Xanthomonas citri subsp. citri) e ao Greening (Candidatus Liberibacter asiaticus). Classificado como de baixo risco, este indutor de resistência promove a proteção natural das plantas.
A chefe da Divisão de Registro de Produtos Formulados, Tatiane Nascimento, destacou a inovação nas pesquisas para o registro deste produto:
“Foram testadas mais de 40 combinações exclusivas de peptídeos e antimicrobianos em campo para identificar a melhor resposta imunológica contra o Citrus Greening”.
A estratégia faz parte de uma abordagem mais sustentável para o manejo integrado de doenças.
Entre os produtos de baixo impacto, destacam-se formulações à base de dimpropiridaz para o controle da mosca-branca (Bemisia tabaci), da cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) e do psilídeo (Diaphorina citri), vetor do Greening. Este defensivo atua paralisando a alimentação dos insetos, reduzindo a transmissão de vírus e bactérias por meio de seu efeito translaminar e distribuição sistêmica.
Além disso, o produto é eficaz no manejo de resistência de pragas, pois não apresenta resistência cruzada com outros ingredientes ativos, conforme especificado no Ato nº 58 que oficializa a lista de registros.
Outro destaque é o registro de um defensivo à base de óleo de café e eucalipto, eficaz contra Bemisia tabaci na soja e Dalbulus maidis no milho. Já para o café, foi aprovado um produto à base de ácido nonanóico para controle da broca-do-café (Hypothenemus hampei), praga que afeta frutos em diversos estágios de maturidade, incluindo grãos secos.
Impacto econômico
Os demais produtos registrados utilizam ingredientes ativos previamente homologados no país. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o registro de defensivos genéricos é essencial para reduzir a concentração de mercado e estimular a concorrência, resultando em custos de produção mais baixos e um comércio mais justo para a agricultura brasileira.
Aprovação alinhada a padrões internacionais
De acordo com o Mapa, todos os produtos passaram por rigorosas análises dos órgãos responsáveis por saúde, meio ambiente e agricultura, em conformidade com critérios científicos e padrões internacionais de segurança.
“Esses registros reforçam o compromisso do governo em oferecer soluções modernas e sustentáveis para os produtores brasileiros”, conclui a nota do Ministério.
Fonte: Canal Rural
Fotos: Freepik