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Rebanho de bovinos tem leve alta no Brasil em 2019, após 2 anos de queda
Com expansão de 0,4%, o número de cabeças de gado chegou a 214,7 milhões. Líder nacional, MT responde por 31,7 milhões do total de bois e vacas do país, crescimento de 5,1%.
O rebanho bovino nacional voltou a se recuperar em 2019 após dois anos consecutivos de queda, ao registrar uma leve alta de 0,4%, para 214,7 milhões cabeças de gado.
As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (15) na Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O país continua tendo mais gado do que pessoas (212,1 milhões) e possui o segundo maior rebanho bovino do mundo, perdendo apenas para a Índia. O país é também o principal exportador e o segundo maior produtor, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês).
O estado do Mato Grosso (MT) segue na liderança, com 31,7 milhões de cabeças de gado, respondendo, assim, por 14,8% do rebanho nacional. Em relação a 2018, houve um aumento de 5,1% no número de bois e vacas do estado.
Em seguida está o estado de Goiás, onde a expansão anual foi de 0,6%, para 22,7 milhões de cabeças. Já em Minas Gerais, terceiro maior criador de gado, houve crescimento de 1% no rebanho, para 22 milhões.
Alta do preço do boi gordo
Segundo o IBGE, o ano de 2019 foi marcado por uma alta do preço do boi gordo no último trimestre.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), foram exportadas 1,5 milhão de toneladas de carne, com alta de 17,0% em relação ao ano anterior.
Por município, os maiores rebanhos estão em:
- São Félix do Xingu (PA): 2,2 milhões de cabeças
- Corumbá (MS): 1,8 milhão de cabeças
- Vila Bela da Santíssima Trindade (MT): 1,2 milhão de cabeças
Por Região, Centro-Oeste segue na liderança:
- Centro-Oeste: 74 milhões de cabeças (+0,24%)
- Norte: 49,6 milhões de cabeças (+1,45%)
- Sudeste: 37 milhões de cabeças (-0,17%)
- Nordeste: 28,5 milhões (+2,72%)
- Sul: 25,3 milhões (-2,79%)
Produção de leite
A pesquisa do IBGE mostrou ainda que o volume de leite produzido em 2019 (34,8 bilhões de litros) foi o segundo maior da série iniciada em 1974, inferior apenas ao de 2014 (35,1 bilhões de litros).
Em relação a 2018, a produção nacional de leite cresceu 2,7%, enquanto o efetivo de vacas ordenhadas (16,3 milhões) caiu 0,5%.
O Sudeste voltou a ser o maior produtor, com alta de 4,4% no volume de leite e participação de 34,3% na produção nacional. Minas Gerais, com maior efetivo de vacas ordenhadas (3,1 milhões), teve, no ano, redução de 0,3% no total de animais.
Galináceos e ovos
Já o total de galináceos (1,5 bilhão de cabeças) ficou praticamente estável em relação a 2018, com variação de 0,1% (ou 940 mil animais). Entre os estados, os líderes foram Paraná (26,5% do total nacional), São Paulo (14,0%) e Rio Grande do Sul (10,5%); entre os municípios, Santa Maria de Jetibá (ES), Cascavel (PR) e Bastos (SP).
A produção nacional de ovos de galinha bateu novo recorde: 4,6 bilhões de dúzias em 2019, com alta de 4,2% frente a 2018. O Sudeste foi responsável por 43,4% do total e o estado de São Paulo foi o maior produtor (25,4%).
Suínos e piscicultura
O rebanho suíno, por sua vez, caiu 1,6%, totalizando 40,6 milhões de animais, mas o número de matrizes de suínos (4,8 milhões) teve leve alta (0,5%), crescendo pelo terceiro ano consecutivo.
A região Sul detém o maior rebanho suíno e concentra 49,5% do total, apesar da queda de 2,4% no ano. Santa Catarina é líder com 7,6 milhões de suínos, e o maior rebanho municipal foi o de Toledo, no Paraná (1,2 milhão).
Já a piscicultura cresceu 1,7%, chegando a 529,6 mil toneladas. Com alta de 4,8% na produção, a região Sul seguiu na liderança, respondendo por 32,9% da piscicultura nacional. A tilápia continua sendo a principal espécie produzida, com 323,7 mil toneladas, ou 61,1% do total.