Consumidores estão avaliando a possibilidade de queda nos preços do milho a curto prazo, devido à colheita da safrinha.

O mercado de milho no Brasil apresentou poucas variações nos preços durante o dia de quinta-feira (10).

Tanto os consumidores quanto os produtores estão adotando uma abordagem cautelosa nas negociações no mercado nacional.

De acordo com a SAFRAS Consultoria, os consumidores estão avaliando a possibilidade de queda nos preços a curto prazo, devido à colheita da safrinha e a questões relacionadas ao armazenamento.

Paralelamente, há uma expectativa entre os consumidores em relação ao relatório de Oferta e Demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será divulgado amanhã.

No Porto de Santos, a cotação ficou situada entre R$ 61,00 e R$ 64,00 por saca (CIF). Enquanto no Porto de Paranaguá, a faixa de preço variou entre R$ 59,50 e R$ 63,00 por saca.

No estado do Paraná, a cotação se estabeleceu em R$ 50,00 a R$ 52,00 por saca em Cascavel. Já em São Paulo, a região da Mogiana apresentou preços entre R$ 49,00 e R$ 51,00. Na região de Campinas (CIF), a cotação foi de R$ 54,00 a R$ 55,00 por saca.

No Rio Grande do Sul, os preços foram definidos entre R$ 61,00 e R$ 63,00 por saca em Erechim. Em Minas Gerais, a região de Uberlândia registrou valores entre R$ 46,00 e R$ 49,00 por saca. Já em Goiás, os preços variaram de R$ 40,00 a R$ 44,00 por saca em Rio Verde (CIF). No Mato Grosso, a cotação se situou entre R$ 40,50 e R$ 42,00 por saca em Rondonópolis.

Milho em Chicago

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), o milho encerrou o dia com aumento nos preços.

O mercado foi influenciado pelo desempenho positivo das vendas líquidas semanais de milho nos Estados Unidos, em antecipação ao relatório de oferta e demanda de agosto do Departamento de Agricultura do país, com divulgação prevista para amanhã, 11 de agosto.

No entanto, o desempenho negativo do petróleo em Nova York e a força do dólar em relação a outras moedas limitaram um movimento de alta mais expressivo durante a sessão.

As vendas líquidas de milho norte-americano para a temporada comercial 2022/23, a partir de 1º de setembro, totalizaram 150.400 toneladas na semana encerrada em 3 de agosto. A Colômbia liderou as compras, adquirindo 57.000 toneladas.

Para a temporada 2023/24, as exportações foram de 758,4 mil toneladas. As estimativas de analistas previam vendas entre 350 mil e 1,2 milhão de toneladas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Analistas consultados por agências internacionais estimam uma produção de 15,126 bilhões de bushels de milho em 2023/24, abaixo dos 15,320 bilhões indicados em julho, porém superior aos 13,730 bilhões colhidos na temporada 2022/23. A produtividade média é esperada em 175,4 bushels por acre, abaixo dos 177,5 bushels indicados em julho, mas acima dos 173,3 bushels colhidos na safra 2022/23.

A previsão para os estoques finais de milho nos Estados Unidos na safra 2023/24 é de 2,179 bilhões de bushels, em comparação com os 2,262 bilhões previstos em julho. Já para a safra 2022/23, os estoques finais são projetados para diminuir de 1,402 bilhão de bushels para 1,400 bilhão de bushels.

Em relação à safra global de 2023/24, os estoques finais são esperados em 314,2 milhões de toneladas, acima das 314,1 milhões indicadas em julho. Para a safra mundial de 2022/23, a previsão é de estoques finais de 296,9 milhões de toneladas, superando as 296,3 milhões indicadas no mês anterior.

Investidores também estão monitorando de perto as previsões de condições climáticas adversas nos Estados Unidos a curto prazo. De acordo com fontes internacionais, tempestades estão previstas para amanhã, com possibilidade de retornar durante o final de semana, trazendo chuvas fortes e raios. Há expectativa de granizo e rajadas de vento em algumas áreas, acompanhados de chuvas intensas que podem causar inundações em regiões mais baixas, especialmente no centro do Kansas.

Na sessão, os contratos de milho com vencimento em setembro fecharam a US$ 4,83 1/4 por bushel, representando um aumento de 2,25 centavos de dólar, ou 0,46%, em relação ao fechamento anterior. Já a posição de dezembro encerrou o dia a US$ 4,96 1/4 por bushel, registrando um avanço de 2,00 centavos de dólar, ou 0,40%, em relação ao fechamento anterior.

Fonte: https://www.canalrural.com.br/noticias/agricultura/milho/precos-e-cotacoes-do-milho-hoje-no-brasil-veja/