Notícias do Mundo
Navio com 3 mil vacas à beira da morte é visto no Mediterrâneo; Europa é pressionada a salvar animais
Organização de bem-estar animal alerta que a volta ao Uruguai das vacas que ficaram semanas presas na costa da Turquia deve significar uma ‘viagem de morte’ para a maioria delas.
Quase três mil vacas estão em um navio cargueiro voltando para o Uruguai depois de ficar presas na costa da Turquia sem poderem ser descarregadas. A última atualização sobre a embarcação, chamada Spiridon II, mostrava que ela estava no Mar Mediterrâneo, mais precisamente na costa da Líbia, voltando à América do Sul.
A organização sem fins lucrativos Animal Welfare Foundation, com atuação internacional na área de bem-estar animal e especializados em animais de fazenda, está acompanhando a rota do navio e diz que ele ainda deve ficar uma semana em águas da Europa.
Em seu site, a ONG publicou uma petição para que países europeus acolhesse os animais, muitas delas são vacas prenhes, que correm risco de morrer.
Entenda o caso
As quase 3 mil vacas estão voltando ao Uruguai após ficarem presas no navio cargueiro por meses. O navio de condições precárias partiu de Montevidéu em 19 de setembro com destino ao porto de Bandirma, e só deve chegar de volta em dezembro.
⚠️Com escassez de alimento e água, a maioria dos animais não deve sobreviver à travessia, alertam ativistas. A tripulação também vive em condições precárias e não tem treinamento para cuidar dos animais moribundos. Metade do rebanho está prenha. Abortos são quase inevitáveis devido às condições anti-higiênicas. Mais de 140 bezerros nasceram, mas têm pouca chance de sobreviver.
O carregamento tinha 2.901 vacas destinadas a atividades de engorda e reprodução. A embarcação chegou à Turquia em 22 de outubro, após uma viagem de cerca de um mês. No entanto, as autoridades turcas negaram a permissão para o desembarque da carga.
O problema foi a burocracia: os fiscais turcos identificaram que 469 animais estavam sem os brincos ou chips eletrônicos obrigatórios. Devido ao impasse sobre a certificação, o Spiridon II ficou ancorado por mais de três semanas, sem poder descarregar os animais.
