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Milho: tendência para os preços no Brasil é de alta, afirmam analistas
O preço da saca de 60 quilos, com base em Campinas (SP), está 11,27% mais alto do que no mesmo período de setembro
A saca de 60 quilos de milho fechou a sexta-feira, 18, a R$ 42,45, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O preço, com base em Campinas (SP), está 11,27% mais alto do que no mesmo período de setembro.
De acordo com Camilo Motter, analista de mercado da Granoeste Corretora, as cotações do grão tiveram um impulso extra nas últimas semanas, o que as levou a novos patamares.
“Lá fora temos a redução da safra americana, que sofre com problemas climáticos desde o plantio até agora, na colheita. A produção [dos EUA] deve cair 5%, cerca de 25 milhões de toneladas. Isso vai aumentar a demanda pelos grãos do Brasil e da Argentina, tanto que a projeção é de que o Brasil exporte de 35 a 38 milhões de toneladas este ano”, conta.
Além disso, segundo Motter, os embarques estão reduzindo a oferta interna e já é possível identificar por parte dos produtores uma “retenção gradual e firme”.
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O diretor da ARC Mercosul, Matheus Pereira, relembra que devido ao surto de peste suína africana na Ásia, principalmente na China, aumentou muito a demanda por cereais. “O Brasil ganhou muito com toda essa retórica sanitária na China . Não à toa projetamos vender a maior quantidade de milho da história das exportações nacionais: 40 milhões de toneladas neste ano comercial”, diz.
Pereira destaca que a demanda interna aquecida, o que deve se manter no fim deste ano, as projeções para o mercado são positivas “no curto, médio e longo prazo”.
O diretor da Carlos Cogo Inteligência de Mercado, Carlos Cogo, confirma que o cenário interno é altista para o segundo semestre e para 2020. “Puxado, principalmente, pela demanda interna bastante firme, devido ao aumento da produção de rações e exportações aquecidas”, pontua.
“Hoje, o que realmente está sustentando o preço do milho é a combinação de câmbio, contratos futuros a US$ 4 por bushel internacional e o fato do Brasil ter se tornado bastante competitivo em relação aos demais concorrentes: Argentina, Estados Unidos e Ucrânia”, finaliza Cogo.
Fonte/link: Por Canal Rural – https://canalrural.uol.com.br/noticias/agricultura/milho/milho-tendencia-precos-internos/