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Milho: Mato Grosso exportou quase 60% do grão embarcado pelo Brasil

PUBLICADO EM 24/08/2022 ÀS 13H00 por ARENA CP

Maranhão e Goiás também foram destaque nas vendas internacionais do cereal, segundo levantamento da Conab

De janeiro a junho o Brasil embarcou para o mercado externo 10,413 milhões de toneladas de milho em 2022. Sozinho, Mato Grosso foi responsável por 59,8% do volume. Maranhão e Goiás surgem em seguida com 8,52% e 6,02% respectivamente.

Os números são do Boletim Logístico de agosto da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab).

Confira as exportações de milho dos principais estados brasileiros entre janeiro e junho

  • Mato Grosso: 6,231 milhões de toneladas
  • Maranhão: 888,1 mil toneladas
  • Goiás: 627,9 mil toneladas
  • Mato Grosso do Sul: 612,4 mil toneladas
  • Rio Grande do Sul: 189,3 mil toneladas

O volume embarcado em 2022 supera o verificado no primeiro semestre do ano passado. O levantamento mostra que o país enviou ao mercado externo 5,643 milhões de toneladas entre janeiro e junho, dos quais 3,829 milhões de toneladas provenientes de Mato Grosso.

Destinos do milho brasileiro

De acordo com a Conab, a China e o mercado europeu devem neste ano ser os propulsores dos embarques brasileiros, em especial mato-grossenses.

“Os chineses não estão conseguindo internalizar cerca de dez milhões de toneladas do produto, que normalmente traziam da Ucrânia, além de estarem enfrentando forte incidência de pragas nas suas lavouras”, informa o levantamento.

Já em relação à Europa, os problemas climáticos, com ausência de chuvas associada ao forte calor, estão reduzindo as estimativas de produção de milho nesta temporada em aproximadamente cinco milhões de toneladas, o que leva o Brasil a ser um grande fornecedor do cereal.

Preços podem subir

A Conab estima que, em decorrência da forte aquisição de milho por parte da China e Europa para suprir suas respectivas demandas, os preços do cereal tanto no mercado doméstico quanto externamente deverão subir.

“Especialmente quando for estabelecida a real distância entre essas demandas e a pequena quantidade efetivamente exportada até agora pelo Brasil”, diz o levantamento.