A suinocultura mato-grossense acaba de ganhar uma Central de Negócios. A plataforma nasce com o propósito de fortalecer a cadeia produtiva, em especial nas tomadas de decisão e para proporcionar melhores condições de negócios.

A ferramenta foi criada em agosto durante encontro promovido pela Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), em Cuiabá. A primeira assembleia contou com a presença de 16 suinocultores.

Presidente da Acrismat, Itamar Canossa, pontua que a central faz parte da evolução da atividade em Mato Grosso. Segundo ele, a profissionalização, inclusive a da cadeia produtiva, é essencial. “A entidade dá o pontapé inicial instalando a Central de Negócios. Ela nada mais é que uma plataforma de compra e venda”.

Oportunidade para bons negócios

Suinocultor em Tapurah, Evandro Martiniano vê a ferramenta como uma oportunidade de fazer bons negócios e diminuir os custos de produção, considerado hoje um dos grandes gargalos da atividade.

Outro ponto considerado importante, de acordo com o suinocultor de Campo Verde, Jair Krebich, é a aproximação de informações. “Quando se pensa num grupo de produtores aqui no estado, onde há uma distância geográfica, existe uma limitação de informações. O que às vezes promove uma grande diferença em compra de insumos”.

A plataforma é vista também pelo setor produtivo como um auxílio para evitar crises, como as vividas nos últimos anos. “Se tivéssemos um auxílio desse, uma ferramenta tão importante como essa há tempos atrás talvez atravessaríamos essa crise sofrendo menos”, pontua o suinocultor de Primavera do Leste, Frederico Tannure.

Ferramenta é tendência de mercado

Conforme levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), no Brasil existem mais de 800 centrais de negócio dos mais variados segmentos econômicos.

O consultor da Central de Negócios criada pela Acrismat, Ivan Paghi, comenta que a ferramenta é uma tendência de mercado.

“Em função de todas as transformações que os mercados estão sofrendo no mundo todo essa é uma tendência. A tendência de cada setor estar se unindo para fortalecer suas atividades, que seja na aquisição de insumos ou até mesmo na venda dos seus produtos”, diz Paghi.