A intenção do projeto é evitar o desperdício desses insumos, que normalmente são utilizados por contrabandistas para encobrir cargas ilegais. “Por serem perecíveis, esses produtos seriam completamente descartados, mas agora irão contribuir para o desenvolvimento socioeconômico dos mais diversos segmentos produtivos da região”, diz o secretário municipal de Desenvolvimento Regional, Caio Augusto.
A proposta foi apresentada na sede da Associação dos Produtores de Leite do Assentamento Itamarati (Aplai). A princípio será utilizado um carregamento de fécula de mandioca, interceptado pela Polícia Federal no mês de março em uma carga de maconha.
O uso da fécula, popularmente conhecida como “polvilho”, foi inspecionada e aprovada para uso após avaliação do Senar/MS e da Agraer. Após confirmação da qualidade do insumo, foi desenvolvida uma fórmula para misturá-lo ao capim capiaçú e também ao concentrado que é fornecido ao gado leiteiro. A Embrapa Agropecuária Oeste contribuiu com as orientações técnicas.
“Essa iniciativa demonstra o importante papel do Senar/MS no incentivo ao associativismo e cooperativismo. A Aplai, por exemplo, surgiu em 2015 a partir da Assistência Técnica e Gerencial e suas diretrizes de gestão e boas práticas de produção e sustentabilidade”, explica Fernanda Oliveira, analista técnica do Sistema Famasul, também produtora rural e, hoje, diretora-executiva da Aplai.
FONTE: https://www.canalrural.com.br/noticias/insumos-agricolas-reaproveitados/