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IBGE prevê safra recorde de 252 milhões de toneladas de grãos em 2020
Colheita representa um aumento de 4,4% em relação a 2019. Soja, algodão e café devem atingir seus patamares mais altos de produção.
A safra nacional de grãos deve atingir 252 milhões de toneladas em 2020, patamar recorde e 4,4% acima da colheita de 2019, informou nesta quinta-feira (8) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) .
O volume também representou uma alta de 0,1% em relação à estimativa feita pelo IBGE, em agosto.
A soja, o algodão herbáceo e o café devem atingir no ano seus patamares mais altos de produção na série histórica da instituição.
A produção de soja deve bater mais um recorde, com expectativa de totalizar 121,4 milhões de toneladas, alta de 7% frente à safra de 2019 e de 0,3% em relação ao que foi estimado em agosto.
A colheita da leguminosa só não será maior devido à uma queda de 39,4% na produção do Rio Grande do Sul, que sofreu com uma estiagem prolongada entre dezembro e maio.
Já a estimativa para o milho continua abaixo do recorde de 2019. Em relação à previsão feita em agosto, a estimativa da produção cresceu 0,2%, totalizando 100,5 milhões de toneladas. Tanto a demanda interna, quanto a externa, estão em alta diante do aumento do consumo pelos produtores de carnes, e da valorização do dólar em relação ao real.
Por outro lado, o café é mais um produto com estimativa de recorde para este ano, puxado pela variedade arábica. A produção brasileira deve alcançar 3,6 milhões de toneladas, alta de 1,7% em relação ao que era esperado no mês anterior e 21,5% frente a 2019, sendo 2,8 milhões de toneladas da variedade arábica.
“Tivemos uma safra de café arábica sem precedentes, um produto de excelente qualidade que deve permitir que os produtores brasileiros recuperem importantes mercados internacionais”, diz Barradas.
O algodão é outro destaque, com um recorde de produção esperado em 7,1 milhões de toneladas, aumento de 2,4% em relação à estimativa de agosto e de 2,7% em relação a 2019.