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Ataques da cigarrinha reduzem produtividade da 2º safra de milho do Paraná
A redução é atribuída ao ataque da cigarrinha, que, desde 2019, passou a ser mais severo
PUBLICADO EM 28/09/2022 ÀS 14:40 POR ARENA CP
No Paraná, o impacto do enfezamento causado pela cigarrinha na segunda safra do milho tem causado perdas consideráveis na produtividade. A colheita terminou na terça-feira (27) em todo estado, com previsão de chegar a 13,8 milhões de toneladas.
O número representa queda de 14,2% em relação à estimativa inicial, que era de 16,1 milhões de toneladas. Mesmo assim, depois da soja, o milho representa o segundo produto de maior valor de produção no Paraná, com vendas externas que chegam a US$ 183 milhões.
A redução é atribuída ao ataque da cigarrinha, que, desde 2019, passou a ser mais severo, principalmente em duas regiões paranaenses: oeste e norte. Eventos pontuais de seca e outras interferências climáticas, que estiveram presentes durante o ciclo da safrinha, também contribuíram para a queda de produção.
Segundo a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), a disseminação da praga chegou em níveis extremos nesta última temporada.
“A gente soube de regiões de lavouras no oeste do Paraná que, por exemplo, tombaram, o que é o sintoma mais grave do enfezamento”, comenta a técnica da Faep, Ana Paula Kowalski. “É o tombamento da planta e isso foi verificado em algumas lavouras, sim, permanece sendo visto ainda a campo.”
“Você não faz tratamento da doença, você tem que controlar a praga. E a praga é de difícil controle” — Ana Paula Kowalski
“Essa intensificação natural do sistema de produção favorece a ocorrência de pragas e doenças, isso é inevitável e não é uma exclusividade da cigarrinha do milho”, prossegue Ana Paula. “O que agrava o manejo dessa praga é que não se tem tratamento para o complexo de enfezamento, você não faz tratamento da doença, você tem que controlar a praga. E a praga é de difícil controle.”