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Abertura da Colheita da Soja festeja expectativa de maior safra do planeta
Um dos principais eventos da agricultura brasileira recebeu 1,5 mil pessoas e mostrou a importância da soja para a economia do país
O dia nem bem tinha amanhecido e a expectativa para a Abertura Nacional da Colheita da Soja, que aconteceu em Jataí (GO), nesta quinta-feira, dia 23, era de muita festa. O auditório lotado com mais de 1.500 pessoas, um recorde histórico para o evento, comprovou a importância e simbolismo do principal evento para a agricultura do país.
O deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), também participou da discussão e criticou a posição das lideranças mundiais em relação aos incêndios que atingiram a Amazônia em 2019.
“Há pouco o mundo dizia que estávamos queimando a Amazônia, que precisávamos combater os incêndios. E agora, a Austrália está pegando fogo e ninguém falou que esse incêndio precisa ser combatido, que é culpa do país. Então por que o Brasil é o único que tem obrigação de acabar com o fogo em um lugar que cabe a Europa inteira?”, questionou Alceu Moreira.
Leia a reportagem completa abaixo:
Personagem Soja Brasil
Todos os anos o Projeto Soja Brasil promove um concurso que visa valorizar pessoas envolvidas na cadeia produtiva do grão e que possuem uma contribuição decisiva para o desenvolvimento e a história da soja no país: o Personagem Soja Brasil.
Para ajudar nesta tarefa, o Canal Rural convidou os seus parceiros, patrocinadores e apoiadores para ajudar na indicação dos personagens referência em suas comunidades, divididos em duas categorias: produtores e pesquisadores.
A votação foi aberta durante a Abertura Nacional da Colheita da Soja,que aconteceu em Jataí (GO), dia 23 de janeiro. Confira a história dos participantes e clique no link abaixo para votar!
Biológicos ganham espaço dos químicos
Um das principais cobranças em relação a agricultura moderna está relacionado ao uso de agroquímicos. Segundo o pesquisador da Embrapa Soja Adeney Bueno, a pressão não vem apenas da opinião popular, mas também do aumento da resistência de doenças e pragas aos defensivos agrícolas atuais e a perda de eficiência do controle. O curioso é que a solução para este problema, pode estar justamente em uma técnica bastante antiga: o uso do controle biológico.
“O controle biológico é um fenômeno natural que consiste na regulação de plantas, animais e doenças, por agentes de mortalidade biótica. Isso é algo bastante antigo, lembrando que os chineses já usavam formigas, lá no passado, para controlar outras pragas”, conta Bueno.
Nos últimos anos, o aumento da resistência de pragas e doenças em relação aos defensivos atuais tem feito com que esta alternativa voltasse a ganhar terreno nas lavouras brasileiras. Em 2019, por exemplo, o número de produtos biológicos lançado no país aumentou 126%, chegando a 231.
“Acredita-se que, no mundo, o crescimento deste setor está na ordem de 10% a 20% de por ano. No Brasil, em 2019, foram mais de R$ 500 milhões gastos com controle biológico. Para 2020, estima-se até R$ 800 milhões. Apesar desses montantes serem grandes, eles não passam de 5% do mercado de agroquímicos, que no Brasil deve girar em torno de R$ 30 bilhões”, comenta Bueno.
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Sem taxas ao agro
O agronegócio brasileiro teme que isenções de impostos, como as concedidas pela Lei Kandir, cheguem ao fim com a aprovação da reforma tributária. A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) está acompanhando de perto as discussões sobre os textos apresentados no Congresso. “Tributar a matéria-prima é dar um tiro no pé da produção”, destacou o presidente da entidade, Bartolomeu Braz.
Na sequência, foi a vez do presidente da FPA, Alceu Moreira, sair em defesa do setor. De acordo com ele, dizer que o produtor rural é isento de impostos é uma grande falácia.
“Em todos os outros setores, você faz débito e crédito no valor agregado. Mas quando compramos óleo diesel, vem ICMS e não temos para quem repassar. A mesma coisa com telefonia e energia: pagamos e não repassamos. Existem muitos sócios ocultos na lavoura que atrapalham”, disse.
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Boa produtividade
O produtor rural Diogo Sandri, de Jataí (GO), conta que a lavoura cultivada mais cedo foi prejudicada no começo do plantio pela ausência de chuvas, mas não tanto quanto em municípios vizinhos. Segundo ele, essa parte da lavoura deve render entre 57 e 60 sacas por hectare. “As próximas estão melhores. Estamos bastante animados e acreditando que vamos colher bem”, afirma.
Olinto Sandri, proprietário da fazenda Calhandra e pai de Diogo, cultiva a oleaginosa há 60 anos. “Conheci a soja com seis ou sete anos. Hoje, com mais tecnologia e insumos, temos resultados maiores”, diz.
Colaboraram para a reportagem: José Florentino, Francielle Bertolacini, Kenia Santos, Fabio Santos, Daniel Popov.
Fonte/link: https://www.canalrural.com.br/sites-e-especiais/projeto-soja-brasil/abertura-da-colheita-da-soja-festeja-expectativa-de-maior-safra-do-planeta/