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‘Clima’ do agronegócio vence no governo
A parcela do agronegócio brasileiro que exporta e está ligada ao que acontece nos mercados fora das fronteiras do Brasil tem consciência da importância da permanência do Brasil no Acordo de Paris – tratado no âmbito das Nações Unidas sobre a mudança do clima, que rege medidas de redução de emissão dióxido de carbono a partir de 2020. A ponto de conseguir que o governo Bolsonaro (PSL) volte atrás em sua intenção de deixar o pacto. “Quem quer sair do Acordo de Paris é porque nunca exportou nada”, disse o diretor-executivo da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), o engenheiro agrônomo Luiz Cornacchioni.
‘Mostrar que somos sustentáveis’
Em 2018, o agronegócio exportou mais de US$ 100 bilhões. “Em muitas questões, não é preciso apenas ser sustentável. Porque nós somos, mas é preciso mostrar também”, afirmou o presidente da Abag ao jornal Estado de S. Paulo. “Muitas vezes, a gente perde negócios por causa da imagem”, completou. O País assinou o acordo em abril de 2016, o Congresso Nacional aprovou e, então, tornou-se vigente na lei nacional. Mesmo signatário do tratado, o Brasil é prejudicado no exterior pelo elevado desmatamento, trabalho escravo e infantil, entre outros problemas.
É preciso fechar a equação
Para Cornacchioni, eventual saída do acordo climático, que estabeleceu a meta de limitar o aumento da temperatura do planeta a 1,5ºC, até 2.100, pode prejudicar o País em negociações “Se tirarmos a sustentabilidade da equação, ela não fecha.” Na sexta-feira (11), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que o Brasil deveria se manter no Acordo de Paris e disse acreditar que o País vai continuar como signatário do documento. “Não precisamos sair do acordo do clima. É preciso ter muito cuidado e saber identificar oportunidades de avanços em parcerias”, acrescentou.
E o sucesso no PIB?
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, comemorou o sucesso da política monetária em relação à inflação, “um trabalho bem-sucedido”. A inflação de 2018, de 3,75% (IPCA), está bem abaixo da meta de 4,5%, e as expectativas para 2019 estão dentro da meta. Goldfajn disse ainda que manter o controle da inflação é um trabalho contínuo e que ajustes são essenciais também para a recuperação da economia. Nesse sentido, o efeito da inflação baixa ainda não aconteceu – o PIB do ano passado deve ficar ao redor de 1%. Bom seria que esse impacto começasse a aparecer.
Impasse nos EUA afeta brasileiros
O maior escritório de contabilidade da Flórida Central, que atende 90% de clientes brasileiros, já sente o impacto da paralisação de atividades fiscais e contábeis nos EUA, enquanto o presidente Trump e o Congresso negociam a liberação de recursos para a construção do muro na fronteira com o México. “Estamos impedidos de solicitar a emissão de ITINs, o correspondente ao CPF brasileiro, pagar tributos federais, elaborar impostos de renda de pessoa física, jurídica e de corporações, entre outras atividades”, diz a diretora do Larson Accouting Group, Carol Larson.
Construção civil de luxo (I)
Fonte da Noticia: https://www.dci.com.br/colunistas/plano-de-voo/clima-do-agronegocio-vence-no-governo-1.772379