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Laranja: entenda por que preço pago pela indústria no mercado brasileiro caiu em novembro
Caixa de 40,8 quilos de laranja, que vinha sendo negociada em torno R$ 50, foi ajustada para patamares próximos de R$ 45, na árvore, na primeira semana de novembro.
Os preços da laranja pagos pelas indústrias no mercado brasileiro caíram no início de novembro. A análise é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq) do campus da USP em Piracicaba (SP), divulgada em análise mais recente sobre as cotações do setor. As exportações do suco da fruta também recuaram. Veja na análise, abaixo, na reportagem.
A caixa de 40,8 quilos de laranja, que vinha sendo negociada em torno R$ 50, foi ajustada para patamares próximos de R$ 45, na árvore, na primeira semana de novembro.
“A pressão vem da demanda externa mais lenta, associada à maior oferta de fruta para processamento”, observa pesquisadores do Cepea.
Exportações
Entre julho e outubro de 202, as exportações brasileiras de suco de laranja totalizaram 283,2 mil toneladas em equivalente concentrado. O volume representa redução de 7,1% sobre o mesmo intervalo da temporada anterior.
As exportações brasileiras de suco de laranja, entre julho e setembro de 2025, tiveram desempenho menor do que o observado na parcial da safra deste ano quando comparado à temporada anterior. A receita com os embarques do produto recuou cerca de R$ 15%.
O início da safra, por outro lado, é marcado por novo panorama dos países destinos. Os Estados Unidos e a Europa mantiveram, neste ano, o mesmo volume comprado, aponta o Cepea.
Veja detalhes, abaixo:
📉De acordo com dados da Comex Stat, o volume de suco embarcado totalizou 199,7 mil toneladas em equivalente concentrado, queda de 4% frente a igual intervalo do ano anterior, e a receita recuou 15%, para US$ 751,3 milhões.
Suco sem tarifaço
Ainda segundo estudos dos pesquisadores do setor de hortifrúti do Cepea, a isenção da sobretaxa de 40% manteve os embarques aos Estados Unidos. Mas, os produtos derivados, óleos e farelo, seguem penalizados pela alíquota de 50%.
Diante desse contraste, os pesquisadores do Cepea ressalta a importância de acordos bilaterais que garantam competitividade.
“Entre resiliência e prudência, o setor exportador entra em nova fase: menos euforia, mais estratégia. O futuro dependerá da inovação e da conquista de mercados em um ambiente de margens estreitas”, completam.
