Mesmo diante de tragédias no Rio Grande do Sul, o cavalo crioulo registra crescimento histórico em modalidades esportivas

A raça de cavalo crioulo, símbolo do Rio Grande do Sul, superou adversidades climáticas e encerrou 2024 com avanços expressivos em todas as áreas. A Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Crioulo (ABCCC) divulgou nesta segunda-feira (9) números que consolidam o crescimento da raça em âmbito nacional.

Destaque absoluto foi o aumento de 93% nas prévias morfológicas, com o dobro de animais participando. As exposições morfológicas também apresentaram incremento de 42%, somando 3.172 eventos realizados. Já as classificatórias para o prestigiado Freio de Ouro cresceram 35%, confirmando a força da raça nas competições.

Impacto Econômico e Expansão

Os leilões de 2024 movimentaram cifras impressionantes: 4.846 animais comercializados, gerando um faturamento superior a R$ 110 milhões. Atualmente, o cavalo crioulo conta com mais de 470 mil registros em todos os estados brasileiros, consolidando-se como uma força econômica. Segundo a ABCCC, a raça movimenta R$ 400 milhões por ano, destacando-se como essencial para o setor agropecuário.

“2024 foi um ano excepcional para a raça, apesar das consequências das cheias no estado. O trabalho dos criadores e da ABCCC fez a diferença. Chegamos ao final do ano com orgulho dos avanços e com uma expectativa ainda maior para 2025 e os anos seguintes”, afirma César Augusto Hax, presidente da entidade.

Potencial e Reconhecimento

O cavalo crioulo se adapta facilmente às condições mais diversas, com características como temperamento equilibrado, tamanho mediano e alta versatilidade. Esses fatores o tornam uma escolha ideal tanto para o trabalho no campo quanto para as competições esportivas.

A raça já disputa 14 modalidades oficiais, sendo o Freio de Ouro uma das mais prestigiadas. Essa competição, elevada a patrimônio cultural, reforça a importância do cavalo crioulo no Brasil e deve trazer ainda mais visibilidade e investimentos ao setor nos próximos anos.

“Graças à sua versatilidade, o crioulo não só rompeu fronteiras, como consolidou sua presença em todo o Brasil. O reconhecimento como patrimônio cultural é um marco que impulsionará ainda mais a raça nos próximos anos”, conclui Hax.

FONTE:CANALRURAL

FOTO:ABCCC