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Consumo mundial de algodão deve crescer a uma taxa anual de 1,8% na próxima década
Pronunciamento do Fed sobre os juros nos EUA gera desconfiança no mercado de commodities.
As cotações das commodities registraram pressão durante a semana, após o pronunciamento do Fed sobre os juros nos Estados Unidos gerar desconfiança no mercado. Dentre as principais commodities, o algodão foi o que menos sofreu impacto.
As informações são do Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa, divulgado nesta sexta-feira (22).
Ainda conforme o boletim, projeções da OCDE-FAO apontam que o consumo mundial de algodão deverá crescer a uma taxa anual de 1,8% na próxima década, atingindo 28,1 milhões de toneladas até 2032.
- Leia as últimas notícias da Abrapa sobre o algodão
Confira os destaques trazidos pelo Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa:
Algodão em NY – O contrato Dez/23 fechou nesta quinta 21/9 cotado a 86,47 U$c/lp (-1,5% na semana). O contrato Jul/24 fechou 87,69 U$c/lp (estável na semana) e o Dez/24 a 81,42 (+0,9% na semana).
Basis Ásia – o Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 864 pts para embarque Out/Nov (Middling 1-1/8″ (31-3-36), fonte Cotlook 31/out/23).
Altistas 1 – No Texas, 55% das lavouras estão em condições ruim/muito ruim, com até lavouras irrigadas sendo abandonadas.
Altistas 2 – No geral, a situação nos EUA voltou a piorar esta semana com lavouras ruis/muito ruins subindo para 43% (+2pp).
Altistas 3 – Cotação do petróleo (Brent) chegou a superar a barreira dos US$ 95 por barril nos primeiros dias da semana (máxima desde Nov/22), devido a cortes de produção na Arábia Saudita e na Rússia, enquanto a demanda por diesel aumenta sazonalmente.
Baixistas 1 – O dólar americano bateu esta semana o nível mais alto em seis meses em relação a uma cesta de moedas, o que pressiona as commodities cotadas na moeda americana.
Baixistas 2 – O anúncio esta semana do Federal Reserve enfatizando a necessidade de manter os juros altos por mais tempo, apesar da pausa na alta, foi o principal fator de alta da moeda americana e queda nos mercados de commodities e ações internacionais.
Baixistas 3 – Os leilões da reserva chinesa continuam vendendo menos que 100% dos lotes ofertados nos últimos 10 leilões, inclusive o de hoje.
Projeção mundial 1 – O consumo mundial de algodão está projetado para crescer a uma taxa anual de 1,8% neste ano na próxima década, atingindo 28,1 milhões de toneladas em 2032, de acordo com a OCDE-FAO.
Projeção mundial 2 – A China deve continuar liderando como maior consumidor global de algodão (8 milhões de toneladas/ano), seguida por Índia (6,1) e Paquistão (2,6).
EUA – Colheita avança e chega a 9% no maior exportador do mundo.
China – A China Cotton Association (CCA) está mais otimista que o USDA para a produção chinesa desta safra (2023/24). Segundo a entidade, a produção deverá ser de 6,05 milhões de toneladas (USDA = 5,88).
Índia 1 – Após um dos agostos mais secos em mais de um século, as chuvas de monções na Índia estão se normalizando este mês.
Índia 2 – Segundo o governo local, nas áreas de algodão as monções estão 7% acima da média em setembro, mas 8% abaixo da média desde o início da época, em 1 de junho.
Paquistão – A APTMA, principal entidade do setor têxtil do país, anunciou que as exportações de agosto de 2023 tiveram um aumento de 14,3% em comparação com julho de 2023. Um alivio após 16 meses de crise no setor local.
Agenda – Na próxima semana, o mercado da China fechará de 29 de setembro a 8 de outubro para comemorar uma das mais importantes datas comemorativas do país: o Festival de Meio de Outono.
Brasil – Exportações – o Brasil exportou 117,6 mil tons de algodão até a terceira semana de set/23. A média diária de embarque é 33,6% maior em comparação com o set/22.
Brasil – Colheita 2022/23 – Até ontem (22/09) 99,62% do algodão brasileiro foi colhido, restando apenas o estado da Bahia (98%) e Goiás (99,89%) finalizar a colheita.
Brasil – Beneficiamento 2022/23 – Até o dia 22/09 foram beneficiados: BA (67%), GO (79%), MA (34%), MG (98%), MS (73%); PR (100%), SP (100%), MT (47%), PI (54%) Total Brasil: 53% beneficiado.
Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso
Fonte: https://www.canalrural.com.br/nacional/mato-grosso/consumo-mundial-de-algodao-deve-crescer-a-uma-taxa-anual-de-18-na-proxima-decada/