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Controle de lagartas no milho: gasto em MT chega a R$ 300 por hectare

Pressão das lagartas nas lavouras, além de aumentar custos, tem deixado agricultores em Mato Grosso apreensivos quanto a produtividade.

pressão de lagartas nesta safra 2022/23 nas lavouras de milho está aumentando os custos em Mato Grosso e deixando agricultores apreensivos. Em algumas propriedades, a despesa adicional para tentar combater a praga chega a R$ 300 por hectare.

Em Lucas do Rio Verde, de acordo com o agricultor Daniel Schiffer Schwartz, a proliferação das lagartas em alguns talhões de sua propriedade está maior. Ele comentar ter realizado o controle na fase inicial da cultura, contudo a pressão foi mais forte.

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“Fomos fazendo o sequencial de defensivos para lagartas. Nosso manejo teoricamente era para ser três aplicação para lagartas, mas a pressão foi alta. Dá para ver pelas folhas, estão bastante comidas, e aí fizemos mais três aplicação e tem aplicação aérea também para lagarta da espiga do milho”, comenta Daniel.

Custo a mais pesa com milho em queda

De acordo com o agricultor, o desembolso extra com o controle de lagartas pesa no bolso e pode reduzir ainda mais a rentabilidade da safra de milho, principalmente diante dos preços da saca de 60 quilos em queda.

“Um total mais ou menos de R$ 300 a mais por hectare [custo]. Com o milho desvalorizado a R$ 30, são dez sacas a mais de custo esse ano”, salienta Daniel.

A preocupação com as lagartas se estende por todo o município de Lucas do Rio Verde. Conforme o presidente do Sindicato Rural, Marcelo Lupatini, das pragas que mais vêm se destacando nesta safra 2022/23 tanto no milho quanto no algodão, a lagarta é a mais persistente.

“Está mais difícil o controle nesta safra, tem que ter várias entradas, rotação de ativos e mesmo assim está difícil o controle dela. Se produtor perder o instar da lagarta, perder um dia de aplicação a mesma já não vai ficar 100% e vai sobrar praga para trás, vai ter que ter uma reentrada em poucos dias. Nas contas do jeito que está se nós vendêssemos o milho hoje não iria ter rentabilidade nenhuma, ainda mais esse repique pesa”, pontua Marcelo.

Monitoramento é essencial no controle das lagartas

A pesquisadora da Fundação Mato Grosso, Lucia Vivan, comenta que desde a safra 2021/22 é observada uma significativa presença da lagarta Helicoverpa Zea em espigas de milho. Ela comenta que tal fato continua na atual temporada do cereal.

“A ocorrência é em todos os híbridos independente de tecnologia, e mesmo em áreas convencionais, onde se tem um ataque na fase vegetativa com Spodoptera Frugiperda na espiga, vemos uma ocorrência predominante de Helicoverpa Zea. Para o controle é importante o monitoramento das mariposas por meio dos atrativos alimentares. Para aplicação recomenda-se uma aplicação mais antecipada no início da eclosão”.

Pelo segundo ano seguido, o produtor, do município de Ipiranga do Norte, Vitor Paulo Passaglia têm apostado no uso de biológicos para combater as lagartas. A estratégia, segundo ele, tem apresentado um índice satisfatório de eficiência.

“O químico não vai descartar ele 100%, mas vai amenizar em 70% do problema. Aí você reduz o seu custo em questão de a planta ficar bem melhor, a produção não resta dúvida que vai produzir mais, porque ela não está danificada, tendo uma condição boa a aplicação sendo bem feita não tem erro. O produtor tem que partir para isso e cuidar, é monitorar, se você não monitora você contrata um agrônomo e põe monitorar que dá resultado”.

 

Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso

Fonte: https://www.canalrural.com.br/mato-grosso/controle-de-lagartas-no-milho-gasto-em-mt-chega-a-r-300-por-hectare/