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Especialistas projetam recuo de 3,5% na safra 2021/2022 da cana e queda em produção de açúcar e etanol

Cenário ainda marcado por pandemia, chuvas irregulares e atraso no início das atividades deve representar baixa de 20 milhões de toneladas no Centro-Sul em relação ao ciclo que se encerra este ano. Açúcar ainda encontra mercado internacional favorável, mas matéria-prima deve ter baixa em rendimento.

Em um cenário ainda marcado pela pandemia da Covid-19, regime irregular de chuvas e atraso nas operações, a safra 2021/2022 da cana-de-açúcar deve ter um recuo de 3,5% no Centro-Sul, com quedas nas produções de açúcar e etanol, segundo projeções da Datagro divulgadas nesta quarta-feira (10).

De acordo com o painel, anualmente realizado em Ribeirão Preto (SP) e promovido em 2021 em formato virtual, as usinas da região que responde por cerca de 90% da produção sucroenergética brasileira devem processar 586 milhões de toneladas da matéria-prima, mais de 20 milhões a menos do que o projetado para o término do ciclo 2020/2021, de 607 milhões de toneladas.

“A expectativa é que haverá atraso para o início da safra. Muito embora haja casos específicos de usinas já atentadas a iniciar a safra em março, por conta do aumento do preço do etanol, mas em um contexto geral é que haverá um pouco desse retardamento para o início das operações”, afirmou o economista da Datagro Bruno Freitas.

Ainda com demanda e precificação favoráveis no cenário internacional, depois de uma queda inédita no consumo mundial em 40 anos, o açúcar deve ter um incremento no mix em relação ao etanol, chegando a 46,5% da destinação da matéria-prima.